Mente e corpo ativos: o melhor remédio contra a depressão!

Olá, Alfas! Hoje falaremos sobre um tema muito presente nas últimas décadas, e que é considerado o mal do século: a depressão. O problema em questão tem atingido um grande público, além de ser uma causa cada vez mais comum de morte.

Contarei a vocês minha história com a depressão e como consegui superá-la, mantendo meu corpo e minha mente ativos. Trata-se de uma longa história, mas tentarei resumi-la, abordando somente os principais pontos que podem ser úteis para vocês.

Primeiro vamos esclarecer o que realmente é a depressão

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a depressão o “Mal do Século”, pois ela é a doença psiquiátrica mais frequente no mundo, abrangendo todas as faixas etárias, além de ser mais frenquente em pessoas do sexo femino. É uma doença que está geralmente associada a fatores psicológicos, biológicos e genéticos e que tem como sintomas mais frequentes a tristeza, o pessimismo e a baixa autoestima. Tais sintomas podem aparecer de forma isolada ou em conjunto.

A depressão provoca oscilações de humor e pensamentos, além da ausência de prazer em realizar coisas que antes eram prazerosas para o indivíduo. Dessa forma, pode levar a comportamentos e atos suicidas, o que a classifica como uma doença gravíssima.

Ela pode ainda pode provocar alterações fisiológicas, como baixas no sistema de imunidade. Assim, aumenta-se o risco inflamatório e infeccioso no indivíduo, expondo-o a outros tipos de doenças, tais como as cardiovasculares.

Dias bons e dias muito ruins

Pesquisas recentes mostram que uma em cada cinco pessoas no mundo sofre ou pelo menos já sofreu de problemas relacionados à depressão. Eu faço parte dessa estatística, pois foi uma condição herdada de minha mãe.

Minha mãe sempre foi uma mulher forte, lutadora e aparentemente muito alegre. Todavia, sofria calada, e só descobrimos que ela era vítima da depressão após sua morte, quando lemos seus diários. Apesar de sofrer com a doença e com os episódios de desânimo, ela conseguia esconder e se manter firme, a ponto de nunca ninguém ter percebido.

Comigo aconteceu da mesma forma. Eu encarava tudo isso acreditando que todo mundo tem dias bons e dias ruins, sem saber que era uma doença. Porém, carregava um desânimo muito grande, além de sofrer oscilações de humor e ter baixa autoestima. Eu não sabia que a depressão fazia parte da minha vida, e ela estava sempre presente ao lidar com os meus problemas e da minha mãe, afinal, a vida não é fácil para ninguém.

Ao lidar com essa doença, com o passar do tempo, acabei percebendo que manter minha mente e corpo ativos era primordial para me sentir bem. Na época eu praticava quatro estilos de artes marciais, pois tinha muito tempo livre e era algo de que gostava muito. Além disso eu tinha meu trabalho, meus estudos, amizades e namorada. Foi uma época muito agitada e, até aquele momento, a melhor da minha vida. Além disso, foi um divisor de águas no que diz respeito à depressão, mesmo sem saber que sofria da doença e conhecer pouco a respeito dela.

Sempre fui muito tímido e introvertido, mas ter amigos foi essencial para me manter longe da depressão. Além do mais, o fato de me manter ativo física e mentalmente me ajudou muito a combater essa doença. Sempre busquei ocupar meu tempo, seja lendo um livro, produzindo e editando conteúdo e até mesmo criando novos projetos. Outro fator importantíssimo é a realização de atividades físicas, que possui um papel fundamental na superação da depressão.

Hoje, tudo o que eu tratava como uma fuga da depressão passou a fazer parte da minha rotina. Atualmente não consigo me manter parado, e eu não me lembro de quando foi a última vez que me senti depressivo.

Lute contra esse mal

Existem muitas evidências comprobatórias de que o cérebro de uma pessoa depressiva passa por alterações químicas, principalmente no que tange à produção de serotonina, noradrenalina e dopamina. Tais substâncias são responsáveis por transmitir impulsos nervosos entre as células. Dessa forma, ao contrário do que se acredita, o isolamento social não é uma causa da depressão, mas sim uma consequência.

Ademais, o estresse e a ansiedade podem funcionar como catalisadores da depressão em pessoas pré-dispostas e com histórico genético da doença. Por isso, é importante fazer tratamento contra esses fatores, a fim de evitar que eles evoluam para uma depressão.

Como já dito anteriormente, a prática de exercícios físicos é fundamental no combate à depressão, pois, independente da atividade, ela agirá na liberação de serotonina no organismo. Tal substância é responsável por trazer ao ser humano uma sensação de bem-estar, prazer e felicidade. Além disso, os exercícios físicos contribuem para reduzir a tristeza, a irritabilidade, a insônia e ajudam na melhora da concentração, memória e do humor.

No entanto, vale lembrar que nada disso exclui a necessidade de ajuda de um profissional da área e de um tratamento especializado. No mais, é primordial manter a atividade da sua mente e do seu corpo, ter uma alimentação de qualidade e estar cercado de bons amigos. Até a próxima!